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Observação:

Em primeiro lugar, eu não sou escritora. Tudo o que eu sabia sobre escrever foi esquecido devido à falta de prática. Em segundo lugar, não espero receber comentários. Poucas vezes me importo com a opinião alheia. Em terceiro lugar, o que eu escrevo não interessa a ninguém. A minha única regra é seguir a minha vontade.


Os cartazes logo começaram a surgir ao longo da cidade. Eles anunciavam em letras pequenas "Nasi" e em letras grandes "ex-vocalista do Ira!". Meu queixo foi até o chão da primeira vez eu eu . "Ma que porra é essa? O Ira! acabou?!?" É, parece que o Ira! acabou. Sempre gostei muito, desde a primeira vez que eu ouvi na MTV aos 8 anos. Sabe, dessa vez aconteceu uma coisa bem engraçada. Sentada, assistindo clipes, começou a passar o agora hit "Girassol". Sentí um algo incomum. Como se eu já estivesse ouvindo desde que eu nasci. Uma banda muito boa! No carro da minha mãe tem um cd, que por mim não sairía do som, "Ira! acústico". Eu não comprei esse cd, minha mãe também não, nem meus irmão e meu pai nem sabe quem é. Assim mesmo, do nada surgiu esse cd. O vocalista Wolverine Nasi, com sua voz rouca inconfundível, fez da banda única. E me perguntou agora se ele não poderia se promover sem usar o nome do Ira!, agora que o trato já acabou. De primeira vista eu pensei até que fosse o show da própria banda, o que comprova que a estratégia dele deu certo. Usar o nome dele em minúsculas é um golpe do mais baixos. Tudo bem que poucas pessoas conhecem ele pelo seu "nome", mas uma hora as pessas daqui iriam conhecer ao ouvirem dizer na rádio ou algo do tipo.
Daí começou a tocar as músicas num carro de som. Não acreditei que pop rock estava tocando lá, bem no meio da rua. Sabe, as pessoas aqui parecem terem fobia de tudo o que não for sertanejo, funk nacional, hip hop ou oquetátocandonarádio. Daí, logo pensei: "Pqp, esse show vai tar lotado até a boca!". Mas na semana do show, custou eu achar alguém que quisesse ir comigo. E o problema nem era dinheiro, até porque eu, com meu pai mão fechada do jeito que é, conseguí arrumar 30 reais de uma hora para outra. Sendo que o ingresso nem era 30, era 20. E com a carteirinha de estudante ficava 10 reais. Só 10 reais que as pessoas se recusam a pagar por um bom show, mas adoram pagar mais do que o triplo por um camarote de uma banda sertaneja desconhecida. Eu nem fico chateada por ninguém querer ir comigo num show de rock, eu fico chateada por me chamarem para ir em tudo quanto é show sertanejo que aparece e eu vou, mas quando eu chamo pra ir no diabo de um show, ninguém vai. Mas é sempre assim, eu sou a topatudodopedaço e é até por isso que todo mundo adora me chamar pra sair.
Cheguei no Arena, onde seria o show, às 11 horas. Pensei: "Argh! Vou ter que esperar esse cara até umas 3 da matina!", porque sempre é assim. Vou contar agora um segredo de Estado para vocês. O dono do Arena, quando combina algum show, escreve um contrato dizendo que a banda só pode começar a tocar depois das 3 da manhã. Ninguém sabe disso, só eu e as pessoas as quais eu conto o meu segredo. Bom, é a melhor teoria que eu tenho para todos os eventos do lugar começarem tão tarde. Quem tiver uma explicação melhor pode medizerporfavor. E para a surpresa de muitos, o Nasi começou a cantar 1 da manhã. Fiquei beje com isso!
Mais um pensamento maldoso quando ele entrou: "Pqp, me passaram a perna! Esse não é o Nasi que eu via na MTV. Esse Nasi é baixinho, gordinho e nem parece o Wolverine!". Não é exagero. Eu realmente pensei que aquele era talvez um cover. Mas aos poucos fui me acostumando e o show foi ficando cada vez melhor. Eu não saí da primeira fila, apesar de punks doidos tentarem me matar pulando e dando cutuveladas. E isso me levou até o mais foda da noite. Diversas vezes ele pegava na minha mão quando eu, numa tentativa frustrante de pegar nele, gritava e levantava a mão, mas nada se compara a quando ele se agachou no meio do show e se agarrou nas minhas bochechas. Sabe, aquela coisa de tia velha que aperta tanto que chega à doer? Tinha a mesma aparência, mas nem doía. Eu ría, e ría. E o baterista era lindo demais! Sabe, não aquele lindo de "Te quero com vodka e limão. Vamos ser feliz em Malibu!". Todas as músicas que eu não sabia, eu formava um "V" em baixo da cabeça com as mãos e ficava olhando pra ele. Ele olhava e abria um sorriso super simpático de orelha à orelha. Lindinho demais!
Final do show só deu finaldefesta. Fizemos amizade com um monte de bêbados. Eram até bonitinhos e ficavam falando coisas positivas dos meus olhos e da minha boca toda hora, mas estavam com o pé cheio de cana, coitados!
Não fui a muitos shows durante os meus 16 anos, mas esse foi o melhor! E...

Show do Nasi? Eu recomendo!



Vou contar-lhes uma breve história, então sentem-se!

Era uma vez, uma menina que tinha tempo demais. Ela podia enumerar nos dedos o que fazia durante o dia, e por isso tinha muito tempo para pensar e tentar expor seus pensamentos em seu blog pessoal. Porém um dia, uma placa de vídeo mágica foi instalada em seu computador. E desde então, sua vida não foi mais a mesma.

Fim. É, acabou! Estou sem saco pra escrever uma história como a do "1º de Abril".

Ultimamente eu tenho tido fortes motivos para acreditar que essa placa veio direto do "hell" para atormentar o lar, doce lar da minha humilde família.
Sabe, antes meu computador era apenas um simples computador com um monitor legal e acesso à Internet. Todo mundo usava, abusava e até gostava. Conversas no bate-papo uol "msn_can_moneronu" e msn, joguinhos de point and click, pesquisas sobre como aumentar o seu tênnis para não precisar comprar um 48 e até um "Entra aí no meu orkut!" coletivo por parte de amigos de todas as partes. Era disputado, mas todos conseguiam ver o que desejavam em seus devidos horários.
Daí pronto, a placa de vídeo chegou.
Agora todos querem se fazer de besta quando ouvem "Deixa eu usar aí?". A harmonia da casa fugiu na primeira briga pra ver quem jogava The Sims 2 primeiro para dar lugar à discórdia. E quando você não acha um dos meus irmãos no celular, pode saber que o aparelho está debaixo do travesseiro, para não incomodar algum dos jogos.

Para os que lêem esse post, ofereço uma placa de vídeo G-FORCE Fx 5500 à metade da metade do preço. E ainda ganha brindes: um copo de chopp super descolado, uma chaleira quebrada e uma bonequinha semi-nua que segura perfeitamente a sua latinha de cerveja.

E... É lógico que não é sério!
Vou desligar já essa porra para jogar meu Age of Mythology diário.


Eu tinha visto esse selinho lá no blog da Guegue e gostei demais, mas não me animei de jeito nenhum, pois imaginei que o meu blog não tivesse estilo. Sabe, eu nem sei direito o que é "estilo" dentro de um blog, mas alguém sabe e tem mais... acha que eu tenho. Esse alguém é a Ivi, a menina da franjinha que tem o nome do seu blog inspirado no novo quadro do Domingão do Faustão. Conhecí ela a pouco tempo, mas me encantei com o seu blog pessoal de muito bom gosto. Então, levando em consideração o estilo dos blogs citados e levando em consideração também que alguns dos blogs que eu iria indicar já receberam o selo:

O mundo de Alice


Beijos!





Minha mãe e eu somos um caso sério. Eu não concordo com boa parte do que ela fala, mas aceito. Ela não concorda com boa parte do que eu falo, e não aceita. E acho que é assim mesmo que deve ser, porque antes de tudo ela é minha mãe.

Pensei em postar um conto que fiz em vez de qualquer coisa sobre o dia. Sabe, odeio esse tipo de "blogagem coletiva". Aquela coisa que ninguém combinou, mas todos sabem que é pra postar sobre aquele assunto, naquele dia.

Hoje tive raiva da minha mãe, porém foi passageiro assim como o resto dos sentimentos e agora resolvi fazer a minha obrigação do dia, minha homenagem. Homenagem essa que minha mãe não verá, porque ela nem imagina que eu possa ter um blog. Alháis, quase ninguém que eu conheço fisicamente sabe, e eu prefiro assim.

Então já que ela nem vai saber mesmo, posso falar algumas coisas que eu não gostaria que ela lesse.

Como, por exemplo, a data nas diferentes idades da minha vida:

1 ano aos 5 anos:
Bom, nessa época eu não sabia nem que eu existia, então é compreensivo que eu talvez tenha me esquecido de dar parabéns a ela.
Meu presente nessa idade foi só parecer fofa quando ela aparentemente me olhasse e me apertasse.

6 anos aos 8 anos:
Ahhhh, aí a coisa muda. Já tinha entrado pra escolinha e talz. Aprendido a escrever meu nome e ler palavras simples. Tinha aprendido também à copiar e era o que eu melhor fazia.
E meus presentes foram isso mesmo. Onde eu lia "Mãe", eu ia lá e copiava tudo, ocasionando mais tarde alguns erros, como por exemplo ter chamado ela de bóia-fria e empregada.

7 anos aos 9 anos:
Foi a idade do meu ingresso de cabeça na literatura, o que me rendia muita imaginação. E quando eu digo muita, é muita mesmo!
Tipo, fantasiar que eu tinha olhos azuis e cabelos loiros quando nasci, que meu pai tinha se apaixonado por minha mãe e vise-versa da primeira vez que se virão, que todos esperavam que eu nascesse. E o pior, escrevia tudo isso em cartas que ela guarda até hoje e eu sinto um impulso enorme em rasgá-las mas não consigo não só porque ela não deixa, mas porque minhas mãos se travam.

10 anos aos 13 anos:
Um parabéns, um aperto de mão e um abraço não bastavam. Essa foi a época dos presentes que eu gostaria de ganhar. Tipo, perfumes, roupas, doces, etc.
Acordava ela com o café da manhã na cama e um presente escondido atrás de mim (quanta criatividade quanto ao lugar onde esconder o presente). E isso deixou ela muito mal acostumada, como vocês podem ver na seguinte idade.

14 anos aos 16 anos:
Usuária compulsiva de Internet em boas mãos, eu aprendi que todas as datas comemorativas eram só um pretexto para se gastar dinheiro e ter um dia de folga do "trabalho".
Dava só parabéns e não me sentia culpada por isso. Para compensar, eu dei o que eu acho ser o melhor presente do mundo, a presença. Ficava com ela o dia inteiro. Almoçava com ela, dormia com ela, assistia TV com ela. Enchia o saco dela o dia inteiro, até que ela se cansasse e me mandasse ir ler alguma coisa, o que nunca aconteceu.
Como eu tenho 16, a história acaba por aí mesmo.

Como o dito no começo do post, eu não me dou bem com boa parte da cabeça da minha mãe. Ela aceita as idéia machistas com um respeito que nem o papa tem, o que significa que mesmo que eu tenha caído do 19º andar, eu tenho que fazer o meu "papel de mulher", se não ninguém vai querer casar comigo.

Ela até que tem mudado muito de uns tempos pra cá, mas ainda assim brigamos um pouco por causa disso.

Sabe, se for pra achar alguém que só case comigo se eu fazer o meu devido "papel", eu prefiro nem achar. Além do mais, que casamento é um grande erro - assunto pra outro post.

Mas a minha mãe, é a minha mãe e é porque ela quis mesmo. Porque se ela não quisesse, poderia ter me deixado na beira da estrada. Minha mãe é aquela que me teve e me criou e é ela quem vai acabar com tudo o que há dentro e fora de mim se alguma coisa acontecer. É ela quem vai me deixar sem rumos, sem chão, se alguma coisa acontecer. Não consigo imaginar a minha vida sem ela, se alguma coisa acontecer.

Meu pobre orgulho adolescente não me deixa falar e eu sei que vou me arrepender muito disso mais tarde, mas é ela quem eu amo muito mesmo! Muito, muito, muito. A mulher da minha vida. Mesmo se eu fosse tentar falar o quanto ela é importante pra mim, não conseguiria. Agora, que estou escrevendo sozinha, com tempo para pensar no que falar, não consigo.

Quando as pessoas falam "Eu não colocaria a mão no fogo por Fulano!", acho que nunca pararam para imaginar o que significa. É bem simples, pouco complexo, porém é uma frase tão automática que eu mesmo só comecei a pensar nisso uns 5 anos atrás. Imagine que o Fulano se compactize e caiba numa churrasqueira que tá lá, pegando fogo. Você pode tirar ele de lá, mas só com a sua mão. ISSO é colocar a mão no fogo pelos outros. Você se queimaria para salvar alguém? Eu me queimaria.

É exatamente porque eu amo tanto minha mãe, que eu a ignoro. Ela briga comigo coisas desnecessária, nas quais ela não tem muitos argumentos porque não tem certeza. Eu digo "É, tens razão!" e o assunto morre ali. Ela está ficando velha e uma hora não estará comigo. Não quero me lembrar de brigas por causa de toalhas secando na maçaneta da porta do meu quarto.

O que eu quero é me lembrar de beijos e abraços. De sentir o cheiro dela. De dizer o quanto eu a amo. Amo mesmo! De andar de mãos dadas na rua. De formar um manto em cima dela, defendendo do mundo. De agradecer por poder ouvir sua respiração...

Obrigada, mãe!