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Observação:

Em primeiro lugar, eu não sou escritora. Tudo o que eu sabia sobre escrever foi esquecido devido à falta de prática. Em segundo lugar, não espero receber comentários. Poucas vezes me importo com a opinião alheia. Em terceiro lugar, o que eu escrevo não interessa a ninguém. A minha única regra é seguir a minha vontade.

Em uma dessas sexta-feiras passou na rede globo o último episódio da quinta temporada de Lost. Eu já vi esse mesmo episódio umas 3 ou 4 vezes e é incrível como eu sempre choro inconscientemente. Tou lá, deitada no meu sofá, assistindo ao seriado e de repente derramo rios de lágrimas e só percebo quando meu pescoço começa a ficar meio melado. Isso acontece em todas as vezes que eu vejo o episódio, sem exceções.


Comecei a perceber que o que me fazia chorar não era o último episódio, mas sim o final do último episódio. Só depois de alguns estudos cheguei finalmente à conclusão de que nem era o final do último episódio o causador dos meus prantos, e sim o Sawyer.

Pra quem não conhece o Sawyer – e pra quem conhece, vale a pena re-conhecer -, esse é o Sawyer:


Um dos motivos pelo qual alguém choraria é por ver essa pessoa suja de sangue e de terra. Eu não choraria por ver uma pessoa suja de sangue e de terra, mas choraria por ver essa pessoa suja de sangue e de terra.

É, eu sei: estou me tornando fútil. Gosto de dinheiro e tenho um óculos grande. Porém não foi pelo motivo citado que derramei minhas raras e cicatrizadoras lágrimas, o que significa que eu nem sou tão fútil assim.

Chorei ao vê-lo chorar quando Juliet é puxada pelo magnetismo pra dentro do poço na estação Cisne e depois de aparentemente ser tarde demais, ele diz o quanto a ama (pelo menos no episódio dublado, porque no original eu ouvi muitas murmúrias, mas nada de “Eu te amor!”, exatamente). Chorei ao perceber que quanto mais resistente a pessoa é, mais linda será a sua redenção.

Eu me surpreendi quando o meu pré-conceito funcionou – pela primeira vez – com uma pessoa. Ele era mesmo legal e muito divertido. Sem motivos aparente nós nos afastamos e quando nos reencontramos ele era só mais um Caradeacademia. Me chateei de verdade. Tudo o que eu conhecia tinha se transformado em músculos e garotas diferentes em cada noite.

O Sawyer me ajudou a entender. Sua capa dura foi vencida pelo amor de última hora. O amor sem medo de que ouvidos ouçam e de que olhos vejam. O amor que chegou e ficou, mesmo depois de descobrir que Juliet estava viva – por alguns segundos a mais.

Eu espero que esse amor um dia chegue até essa pessoa que me tirou três sonos. Não por mim - seria egoísmo -, mas por ele. E o que eu mais espero é que não chegue na última hora, como chegou para Sawyer.